Dentro de seu programa Embrapa & Escola, a Embrapa Milho e Sorgo recebeu nesta sexta-feira, 24 de novembro, dezenas de estudantes. Entre eles, 15 portadores de necessidades especiais. Nesse caso, todos com deficiência auditiva. Foram nove estudantes da 4ª série da Escola Estadual Arthur Bernardes e seis da 5ª série da Escola Estadual Sinha Andrade. Ambas as escolas são de Sete Lagoas-MG.

Os alunos conheceram o Centro de Educação Ambiental (Ceam) da Embrapa Milho e Sorgo, inaugurado neste ano e que conta com a parceria de diversas instituições. O centro funciona em uma antiga escola onde estudaram dezenas de atuais e ex-funcionários da empresa. Sem estudantes há vários anos, a escola foi fechada há cinco. Agora, volta a ser frequentada por alunos que visitam a Embrapa.

Alguns trabalhos que a empresa desenvolve constaram da programação, conduzida pela estagiária Bárbara Campos e pelo funcionário Olímpio Pereira de Oliveira Filho. Para a visita desta sexta, a professora Maria de Lourdes Martins, que trabalha com alunos portadores de deficiência auditiva no Arthur Bernardes, os preparou. Ainda na escola, os estudantes ficaram sabendo um pouco sobre a Embrapa e o que ela faz. Segundo Lourdes, a maior parte dos alunos não conhece o trabalho da Embrapa e, com uma visita como a que fizeram, adquirem conhecimento.

Mais do que aumentar o conhecimento, os estudantes portadores de necessidades especiais passam por um processo de inclusão social. E não é apenas o fato de uma visita acontecer que possibilitará isso. Para a professora, esse tipo de ação é fundamental. "A partir daí, vai haver a inclusão. Mas ela é em todo o momento da vida do aluno", explica, lembrando que os estudantes devem estar sempre em um ambiente propício ao aprendizado, seja em casa, na escola ou em outros locais do dia-a-dia.

Atualmente, a Escola Arthur Bernardes trabalha com aproximadamente 140 estudantes portadores de necessidades especiais. Destes, 57 têm deficiência auditiva, com diferentes graus. São 30 alunos que estudam da 5ª à 8ª série; 20 da 1ª à 4ª; cinco no ensino médio; e dois na educação infantil. A escola mantém uma Sala de Recursos, onde os estudantes, desta e de outras instituições de ensino da cidade, têm trabalhadas tanto a parte cognitiva como questões ligadas ao convívio social.

Clenio Araujo
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
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