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Crise na produção de etanol no Brasil pode ser amenizada com o cultivo do sorgo sacarino



Segundo Antônio Álvaro, ideia é consolidar o sorgo sacarino como opção à cana. À esquerda da foto, diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes
21/09/2012 09:13:55



Começou nesta quinta-feira, 20 de setembro, em Ribeirão Preto-SP o Seminário Temático Agroindustrial de Produção de Sorgo Sacarino para Bioetanol. Na abertura do evento, o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Antônio Álvaro Corsetti Purcino, lembrou que a empresa já desenvolveu trabalhos com o sorgo sacarino no passado. Portanto, o tema não é novidade na Embrapa que, agora, retomou-o com mais ênfase na busca de apresentar o sorgo sacarino como opção segura e rentável à cana-de-açúcar para a produção de etanol.

Segundo Antônio Álvaro, um interesse do seminário é montar um grupo de trabalho, com representantes de instituições públicas e privadas, que estabeleça os conceitos mínimos que a cultura precisa praticar para tornar-se competitiva do ponto de vista comercial. "Pensamos que, estabelecendo e difundindo esses conceitos mínimos, vamos consolidar o sorgo sacarino como opção à cana", defende.

Já Pedro Arraes, presidente da Embrapa, frisou que resolver os gargalos que a cultura do sorgo sacarino vive hoje no Brasil requer a participação de várias instituições. Ele disse que é importante que a Embrapa coloque, nesse contexto, seu papel enquanto empresa pública: "no caso do sorgo, temos um papel fundamental nesse arranque inicial. Somos um braço tecnológico da indústria nacional", explica.

Em 2011, houve evento semelhante em Sete Lagoas-MG, que também discutiu o potencial do sorgo sacarino. Pedro defendeu que é preciso estabelecer formas de medir a competitividade da cultura: "este segundo seminário é uma grande oportunidade de se discutir o sorgo. Temos que ter métricas para que possamos ter balizamento para que todos os elos da cadeia possam ter competitividade".

Opiniões dos representantes privados - Antônio César Salibe, da Udop (União dos Produtores de Bioenergia), aposta no sorgo como cultura complementar à cana na produção de etanol. Ele lembrou que, desenvolvendo-se o sorgo com este propósito, as usinas ficarão ativas por mais tempo, diminuindo, portanto, a ociosidade que hoje ocorre. "Nós confiamos e acreditamos na Embrapa. O setor sucroenergético confia na empresa como parceira", resume, lembrando, porém, que são necessários pesquisas e o desenvolvimento de um sistema de produção para a cana.

O coordenador do FNS (Fórum Nacional Sucroenergético), Luiz Custódio Cotta Martins, apresentou um perfil do setor. A estrutura produtiva envolve 416 plantas, com destaque para o estado de São Paulo. São cerca de 70.000 fornecedores de cana e 1,28 milhão de postos formais de trabalho. Os números relativos a 2011 expressam a importância do setor: houve faturamento de U$ 42 bilhões e as divisas externas somaram U$ 16,5 bilhões.

No entanto, houve quedas recentes no setor. No embalo da crise financeira mundial de 2008, mais de 40 destilarias foram fechadas no país. Outros fatores ajudam a explicar a queda de produção, como efeitos climáticos negativos nas duas últimas safras, o aumento generalizado dos custos de produção (incluindo-se, aí, questões ligadas a adequações ambientais e trabalhistas), falta de mão-de-obra qualificada e baixa rentabilidade no mercado de etanol.

Quanto ao cenário atual, Luiz Custódio diz que a oferta de etanol é muito menor do que a demanda potencial e que a capacidade instalada da indústria é superior à disponibilidade de cana no mercado. Ou seja, falta matéria-prima para a produção de etanol. E aí aparece a oportunidade para o sorgo sacarino, que pode contribuir para o aumento da oferta de etanol no mercado, sem, no entanto, exigir investimentos adicionais em termos de estrutura.

O coordenador do FNS mostrou preocupação quanto ao futuro da atividade no Brasil. Ele citou as dificuldades em relação ao preço pago para o produtor de cana, que recebe R$ 1,03 por litro, quando, para se pagar o investimento, seria necessário R$ 1,40 por litro: "ou seja, estamos trabalhando no vermelho". Ele defendeu ainda que é preciso prestar mais atenção ao segmento. "Se não se tomar uma medida hoje, nós vamos sofrer um apagão de combustível", prevê.

Serviço - O Seminário Temático Agroindustrial de Produção de Sorgo Sacarino para Bioetanol termina nesta sexta-feira, 21 de setembro. A realização do evento coube à Embrapa Milho e Sorgo, que contou com a parceria da Embrapa Agroenergia e de várias instituições privadas. A programação completa está em http://www.cnpms.embrapa.br/eventos/seminario-sorgo-sacarino/files/seminario_sorgo-sacarino.pdf.

Texto: Clenio Araujo (MG 06279 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
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