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RECURSOS GENÉTICOS DE MILHETO: BAG Milheto 1

Dea Alécia Martins Netto2 e Ramiro Vilela Andrade2

1Projeto desenvolvido com apoio da Fapemig; 2Pesquisador, Embrapa Milho e Sorgo, Caixa Postal 151 CEP 35701-970 - Sete Lagoas, MG ( e-mail ).

INTRODUÇÃO

A cultura do milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br.) tem se expandido de forma acelerada nos cerrados brasileiros devido à sua versatilidade de usos, rusticidade e crescimento rápido, e também, por apresentar resistência a seca, adaptação a solos de baixa fertilidade e excelente capacidade de produção de biomassa. Por estas razões, o milheto foi indicado como uma cultura alternativa promissora para áreas do semi-árido e cerrados brasileiros. O Banco Ativo de Germoplasma de Milheto (BAG Milheto, Pennisetum spp.) foi implantado em 1995, através de um projeto apresentado ao Sistema Embrapa de Planejamento. Este projeto teve como objetivo cumprir um programa sistemático e contínuo de organização e monitoração do banco de germoplasma de milheto e o atendimento de demandas dos usuários, melhoristas e pesquisadores em geral.

MATERIAL E MÉTODOS

A introdução de germoplasma tem sido feita, principalmente, através do ICRISAT e de outras instituições internacionais. O intercâmbio tem sido feito com instituições de pesquisa e alunos de pós-graduação. As atividades de regeneração e/ou multiplicação de sementes de germoplasma de milheto vêm sendo feitas de acordo com uma programação de 100 a 140 acessos por ano em duas épocas, quando a existência mínima de sementes é de 100 gramas e a germinação é inferior a 60%. Em Sete Lagoas, MG, a multiplicação é feita semeando-se três fileiras de quatro metros, cerca de 150 plantas. A polinização é controlada, manual, utilizando-se sacolas de papel, na fase de florescimento. A multiplicação de sementes também é realizada em Janaúba, MG, utilizando-se a metodologia de campos isolados, com polinização aberta, plantando-se cinco fileiras de cinco metros (10g de sementes), cerca de 250 plantas. Na fase de formação de grãos usam-se sacolas de tela de nylon para proteção contra pássaros. A colheita, trilha e limpeza são manuais. É realizada a caracterização morfológica dos acessos utilizando-se 22 descritores seguindo a metodologia de IBPGR/ICRISAT (1993): vigor da planta aos 18 dias; dias de florescimento; classe de florescimento; produção potencial de forragem; comprimento da folha; largura da folha; altura da planta; alongamento do pedúnculo; comprimento da panícula; espessura da panícula; forma da panícula; número total de perfilhos; número de perfilhos produtivos; aspecto total da planta; número total de folhas; espessura do caule; comprimento do entrenó; cor do grão; peso de 1000 sementes; forma do grão. A conservação a curto e médio prazos dos acessos é feita em câmaras frias a 10o C e secas, com 30% de umidade relativa, com capacidade total de 120 m3. As sementes são acondicionadas em embalagens de sacolas de pano de algodão padronizadas, que são mais resistentes e facilitam o manuseio. Também utiliza-se o saco de papel kraft quando a quantidade de sementes é pequena. As embalagens contendo as sementes dos acessos são identificadas com número da câmara, número da estante e número da prateleira onde está sendo guardada. A conservação a longo prazo é feita na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, em câmaras frias a 200 C negativos. Já foram enviados 132 acessos de germoplasma de milheto, com um mínimo de 40 gramas de sementes. Foi adotado o critério de enviar apenas o germoplasma que tivesse o poder germinativo acima de 50%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As introduções de germoplasma no BAG Milheto começaram em 1995, com uma coleção de 940 acessos de milheto do ICRISAT, originalmente recebida pela Embrapa Milho e Sorgo nos anos 70. Também em 1995, foram recebidos 25 acessos do ICRISAT, enviados por pesquisadores do CIRAD-CA que trabalhavam em Lucas do Rio Verde (MT). Em 1996 foram introduzidos 19 acessos do INTSORMIL, enviados pela Universidade de Nebraska; 32 acessos do ICRISAT, enviados por pesquisadores da Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora (MG); 8 acessos coletados em Bagani, Namíbia, e enviados pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; 44 acessos do Zimbabwe, enviados pelo USDA, Maryland (USA). Em 1997 houve uma introdução de 682 acessos do ICRISAT divididos em linhagens macho-estéreis, linhagens polinizadoras, variedades lançadas e em testes avançados, populações, materiais com insensibilidade ao fotoperiodismo e materiais de ensaios cooperativos. Em 1998 foram introduzidos 23 acessos do ICRISAT para estudos de avaliação da produção potencial de forragem e massa verde. Este estudo vem sendo feito em conjunto com a Embrapa Cerrados. Atualmente o BAG Milheto conta com um total de 1.773 acessos. As atividades de multiplicação de sementes com a faixa de pesos obtidos, quantidade de acessos que foi feito o teste de germinação, faixa de porcentagem de germinação obtida foram resumidas para o período de 1996 a 1998 (Tabela 1). Atualmente, já foram caracterizados 349 acessos e os dados foram digitados em planilhas próprias para posterior análise. As atividades principais relativas ao Banco de Germoplasma de Milheto foram resumidas para o período de 1995 a 1998 (Tabela 2), para acessos introduzidos, multiplicados e número de acessos caracterizados.

Tabela 1 . Número de acessos multiplicados, faixa de pesos de sementes obtidos, número de acessos com teste de germinação e faixa de porcentagem de germinação.

Ano
Multiplicados
Peso(g)
N
%Germinação
1996
124

2,0-1.820,0

124
24-85
1997
84

15,0-2.350,0

84
6-90
1998
144

2,0-3.700,0

106
22-78
Total
352
328
Tabela 2. Número de acessos de milheto introduzidos, multiplicados, e caracterizados no período de 1995 a 1999.
Ano
Introduzidos
Conservados
Multiplicados
Caracterizados
Longo Prazo*
1995
965
965
479
0
0
1996
103
1.068
124
0
0
1997
682
1.750
84
86
51
1998
23
1.773
144
185
81
1999
0
1.773
78
78
0
Total
1.773
1.773
909
349
132
* Acessos enviados para a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, para conservação a longo prazo .
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Agricultura e da Reforma Agrária. Regras para análise de sementes . Brasília, SNAD/DNDV/CLAV. 365p. 1992. INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Roma, Italia) Descriptors for pearl millet ( Pennisetum glaucum (L.) R. Br.). Rome : IPBGR/ Patancheru : ICRISAT, 1993. 43p.
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