O trabalho “Avaliação de misturas para o controle da antracnose do sorgo” estuda a possibilidade de manejo da principal praga do sorgo no país através da diversificação da população hospedeiro. Desenvolvido na Embrapa Milho e Sorgo pelo estudante Henrique Maia Valério, orientado pelo pesquisador Carlos Roberto Casela, o trabalho foi premiado, entre 850, durante o XXXVI Congresso Brasileiro de Fitopatologia, que aconteceu em agosto em Uberlândia-MG. Os resultados do estudo mostraram que a combinação de genótipos com alta suscetibilidade à antracnose com genótipos mais resistentes reduz a severidade dos danos causados pela doença, em alguns casos, em mais de 70%. Outro aspecto abordado foi a biologia populacional do patógeno quanto à sua diversidade em resposta à diversidade do hospedeiro. O trabalho premiado ajuda no desenvolvimento de estratégias de manejo dos genes de resistência a doenças. A resistência genética e a avaliação de estratégias para sua utilização, além de proteger o meio ambiente pela redução do uso de defensivos, permite maior sustentabilidade aos sistemas agrícolas. Por já estar incorporada à semente, essa tecnologia não ocasiona nenhum custo adicional ao produtor de sorgo.