Uma reunião de trabalho marcou o desenvolvimento das atividades conjuntas entre a Embrapa Milho e Sorgo e a Energias Renováveis do Brasil (ERB). As duas empresas têm integrado esforços em trabalhos de avaliação agroindustrial de sorgo para geração de energia. O contrato da parceria técnica foi firmado em abril e visa avaliar materiais para produção de bioeletricidade e desenvolver um sistema de produção de biomassa.

Têm sido analisados híbridos de sorgo de grande porte e alta produção de biomassa. O pesquisador Rafael Parrella explica as vantagens da cultura para geração de energia. "O sorgo pode ser colhido 180 dias após o plantio. A produção pode ser completamente mecanizada. Além disso, o bagaço tem se mostrado muito eficiente para produção de energia."

Em experimentos conduzidos em Sete Lagoas, um híbrido produziu 57 toneladas de matéria seca por hectare. Agora, serão feitas avaliações de campo em maior escala para conferir o potencial produtivo. Também será pesquisado o poder calorífico do material.

O diretor executivo da ERB, Emílio Rietmann, explica que a empresa tem foco em cogeração de energia e trabalha com a substituição de combustível fóssil por biomassa em plantas industriais. "A ERB tem como princípio a eficiência energética e o sorgo interessa por seu potencial como biomassa complementar", afirma.

O sistema de produção de biomassa a partir do sorgo deve garantir a disponibilidade de matéria-prima para energia durante o ano todo, abastecendo as plantas de cogeração (de vapor ou eletricidade).

Texto: Marina Torres (MG 08577 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
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